segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
Movimentos horizontais da
litosfera e a formação de grandes estruturas geológicas
As grandes estruturas geológicas, nascem,
crescem e morrem, modificando-se continuamente. Mais tarde podem encontrar-se
vestígios dessas estruturas.
v Dorsais oceânicas
Cadeia montanhosa existente no fundo
oceânico. Correspondem a limites de placas oceânicas em afastamento. A região
central da dorsal, devido ao afastamento das placas, encontra-se em distensão,
o que consente a ascensão de magma e erupção de lava que, após solidificação,
origina nova litosfera fazendo com que as placas tectónicas se vão distanciando
lenta e gradualmente uma em relação à outra, dando-se a expansão do fundo
oceânico.
Assim, as rochas do fundo do
oceano junto à dorsal são mais recentes e, à medida que a distância à dorsal
aumenta, as rochas vão sendo cada vez mais antigas.
v Arcos insulares intra-oceanicos
Arcos
insulares são conjuntos de ilhas, a maior parte das vezes vulcânicas, que se
distribuem num ou mais alinhamentos curvos formando arcos com a cavidade
geralmente voltada para o largo.
v Riftes continentais:
Processo que permite compensar a
destruição da litosfera que ocorre nas zonas de subducção. Ocorre um
estiramento da crusta continental, esta fragmenta-se em porções separadas por
falhas normais (o tecto desce em relação ao muro), verificando-se o abatimento
dos blocos correspondentes.
São vales onde predominam falhas de gravidade, com rejeitos normais, blocos deprimidos (graben) e elevados (horst).
v Bacia sedimentar
Bacia
sedimentar é uma formação geográfica que possui formato de uma bacia, na qual
sedimentos se acumulam provenientes da área que a circunda. Estes sedimentos
são soterrados com o tempo e dão origem ao processo chamado de litificação, o
qual forma as rochas sedimentares.A existência destas estruturas geológicas
implica, geralmente, um abatimento da litosfera, designado, de um modo geral,
por subsidência.
v Cadeias montanhosas
Sempre que o
processo de convergência de placas não é equilibrado por um processo de
subducção total, passam a existir esforços compressivos, levando à ocorrência
de processos de deformação que começam por afetar zonas mais frágeis da crusta.
Se a deformação continuar a ocorrer, obtém-se uma verdadeira cadeia de
montanhas.
vCadeias
intracontinentais
Quando a colisão de placas convergentes é contínua, após os primeiros
grandes cavalgamentos, as deformações experimentadas pelas cadeias montanhosas
em formação ocorrem totalmente em zonas continentais, pois a crosta oceânica
foi absorvida, formando-se assim as cadeias intracontinentais.
v Cadeias montanhosas de margem
Ocorrem
quando se verifica a colisão de placas com predominância de esforços compressivos
nos bordos das margens. De acordo com os vários tipos de margem a forma como se
verifica a colisão existem:
-Cadeias de subducção;
-Cadeias de obducção;
-Cadeias de colisão.
Cadeias de subducção:
Ocorrem em situações em que a placa oceânica subducta em relação à placa
continental. Em profundidade dá-se a formação de magma que ascende à superfície
formando uma cadeias montanhosa como é o caso do Andes Peruanos.
Cadeias
de obducção: Ocorre quando a placa oceânica é menos densa
que a continental e esta sofre cavalgamento. É uma situação inversa da
subducção. Um exemplo deste fenómeno é omã (Peninsula arábica).
Cadeias
de colisão: Ocorrem quando se dá uma aproximação e
posterior colisão de duas placas continentais.
domingo, 9 de dezembro de 2012
Movimentos
verticais da litosfera
Equilíbrio
isostático
É o equilíbrio de colunas
continentais que não experimentam movimentos verticais, devido à igualdade da
pressão em relação à superfície de compensação. Este equilíbrio atinge-se
poucas vezes devido à dinâmica da Terra em que a massa da coluna litosférica é
alterada pela adição ou remoção da matéria, pelo que se verificam movimentos
verticais de reajustamento.
A sedimentação e as glaciações originam anomalias
isostáticas positivas. A acumulação de sedimentos ou de gelo causam sobrecargas
e provocam movimentos verticais (afundamento) da litosfera no seio da
astenosfera.
A
convecção no manto terrestre e o movimento das placas litosféricas
A origem do calor interno da Terra:
Ø Fenómenos
de acreção aquando da formação inicial do planeta;
Ø Desintegração
de isótopos radioactivos.
No processo de transferência de calor do interior da Terra
para a superfície intervêm dois processos fundamentais:
ª Condução litosférica: o
calor é transmitido átomo a átomo, de zonas de alta temperatura para zonas de
baixa temperatura;
ª Convecção:
quando um fluido se dilata, este a sua densidade diminui e ascende por ser
menos denso que o meio envolvente. As correntes de convecção resultam, por
isso, de um fluxo de calor que faz com que o material mais quente e menos denso
ascenda à superfície.
Os
primeiros passos de uma nova teoria – A teoria da tectónica de placas
- Morfologia dos fundos oceânicos
O desenvolvimento de tecnologias cada vez
mais sofisticadas conduziu a um conhecimento cada vez mais profundo das zonas,
até então, inacessíveis dos fundos oceânicos, permitindo que ao nível da
comunidade científica, a proposta de Wegner fosse encarada como alternativa
válida em relação às teorias permanentistas e contracionistas.
- Paleomagnetismo e expansão dos fundos oceânicos
Polaridade normal: Rochas com magnetização semelhante à do campo actual da Terra;
Polaridade
inversa: Rochas com magnetização diferente da do campo actual da
terra.
Tectónica
de Placas
Esta teoria tem como base a teoria da
deriva continental e a teoria da expansão dos fundos oceânicos.
Diz-nos que a superfície está dividida em
placas rígidas e pouco espessas que, ao movimentarem-se, provocam atrito entre
si e nas suas margens, ou seja, nos limites destas placas existe grande
actividade geológica.
Teoria da deriva Continental
Segundo Alfred wegner: há cerca de 300 milhões
de anos os continentes estiveram
unidos numa única grave massa de terra firme (supercontinentes) que denominou Pangeia, rodeado por um único
oceano- Pantalassa
A Pangeia
fragmentou-sedando origem a novos continentes sujeitos a deformação e a deriva
que ainda perduram.
Argumentos
a favor da Deriva dos Continentes:
üArgumentos geofísicos:
Notável semelhança entre as linhas de costa de Àfrica e as linhas de costa da
América do Sul;
ü Argumentos geológicos:
Semelhanças entre regiões continentais atualmente separadas, nomeadamente no
que toca a formações geológicas e a episódios orogénicos, sugeriam uma
continuidade entre os continentes, no passado.
ü Argumentos
Paleontológicos: Mesmo registo fóssil encontrado em zonas onde
se supunha existir, num passado, um encaixe entre os continentes. Por exemplo,
de um e de outro lado do Atlântico.
ü Argumentos
paleoclimáticos: Depósitos glaciários do Pérmico encontrados na
américa do Sul, Àfrica, India, e Austrália, regiões que actualmente não
apresentam um clima favorável a esse tipo de sedimentos. Se admitirmos que os
continentes estiveram unidos a existência de diversos paleoclimas é fácil de
explicar.
Critica à teoria:
A teoria não possuía um mecanismo plausível
para justificar a deriva.
A
dinâmica terrestre explicada por contracionistas e permanentistas (período
pré-wegeneriano)
Até ao século XIX, os relevos terrestres
eram interpretados à luz dos textos sagrados e justificados pela ocorrência de
grandes catástrofes naturais. Esta corrente de pensamento ficou conhecida como
Catastrofismo.
Complementarmente, uma outra corrente de
pensamento defendia que a distribuição dos oceanos e dos continentes se manteve
constante ao longo do tempo. Assim, esta corrente denominada de Permanentismo,
não admitia a mobilidade dos continentes. No século XIX surge outra teoria – o
Contraccionismo – que foi unanimemente aceite pela comunidade científica.
Segundo esta teoria a Terra, inicialmente quente e incandescente, entrou num
processo gradual de arrefecimento e de contracção. Este processo de contracção
motivaria não só o afastamento dos blocos continentais como a formação dos
oceanos e das montanhas.
Ur- Primeiro supercontinente situado na zona
equatorial
Rodínia- Supercontinente que se manteve na terra
durante cerca de 350 M.A, sendo a sua configuração ainda debatida. A vida ainda
não tinha invadido a Terra.
Pannótia- surgiu no fim do éon proterozóico
todas as massas continentais estavam próximas do polo sul. Aparentemente teve
curta duração.
Pangeia- A existência deste supercontinente foi
compreendida por Wegner através do estudo de possíveis de espécies idênticas em
continentes que estão actualmente completamente separados.
Este continente dividiu-se em dois, Laurásia
(continentes do hemisfério norte) e Gondwana (continentes do hemisfério sul)
A separação e argumento dos continentes foi
aparentemente cíclica ao longo da
evolução da terra devido ao movimento das placas tectónicas .
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