quinta-feira, 14 de março de 2013


A medida do tempo e a história da Terra 

Relógios sedimentológicos:


     A litostratigrafia procura estudar a evolução geológica de uma dada região, através da caracterização de um conjunto de materiais que aí podem ser individualizados, tendo em conta as suas características litológicas, independentemente da sua idade.
     No estudo litostratigráfico definem-se unidades litostratigráficas, como a formação (unidade básica da litostratigrafia), que é um conjunto de rochas com propriedades litológicas e posição estratigráfica semelhantes, e que é facilmente distinguível das restantes, com teto e muro devidamente localizados.

 

 

Métodos de datação relativa:

ª  Principio da sobreposição: num amontoado de estratos que não tenham sofrido qualquer tipo de deformações, cada estrato é mais velho do que aquele que o sobrepõe e mais recente do que aquele que lhe é subjacente.

 

ª  Principio da horizontalidade: Este princípio estabelece que camadas de sedimentos são originalmente depositados horizontalmente. O princípio é importante para a análise do estrato geológico. O estrato, a quando a sua formação, é horizontal e paralelo à superfície de deposição

 

 

ª  Principio da continuidade lateral: Em colunas estratigráficas de dois lugares afastados é possível relacionar cronologicamente estratos idênticos dos dois locais (mesmo que tenham dimensões variáveis), desde que as sequências de deposição sejam semelhantes

 

 
 
  •        Princípio da intersecção: Qualquer estratro ou série ( de estratos) intersectado é mais antigo que a intersecção.

 

 

 


ª  Princípio da inclusão: qualquer rocha que contenha elementos de outra rocha preexistente é sempre mais recente.

 

 


Método de datação absoluta:


ª  Ciclos de gelo e degelo

     O estudo de depósitos sedimentares denominados varvas ou varvitos (consequência dos ciclos de gelo e degelo), que são pares de estratos, um claro e um escuro produzidos anualmente em relação direta com as estações do ano, as mais claras no verão, as mais escuras no inverno. Formam-se normalmente em lados e têm menos de 1 cm de espessura. Permitem fazer datações até 15000 anos antes da actualidade.

 

 

 

Relógios Paleontológicos



A biostratigrafia tem como principal objetivo o estudo temporal dos fósseis existentes no registo estratigráfico.

 


ª  Fósseis indicadores estratigráficos, característicos ou de idade: permitem ao geólogo estabelecer com precisão o período de tempo correspondente a um determinado acontecimento.

 

ª  Fosseis de fácies ou de ambiente: Permitem caracterizar paleoambientes

 

Métodos de datação relativa:

ª  Princípio da identidade paleontológica ou da sucessão faunística: admite que estratos que possuam o mesmo registo paleontológico são da mesma idade.

 

 

 

 

ª  Biozona ou unidade biostratigráfica: quando um conjunto de camadas ostenta quer verticalmente, quer lateralmente um conteúdo fóssil específico susceptível de as particularizar.

Ø  Tipos de biozonas:

 

 



Método de datação absoluta:

ª  Dendrocronologia:

     Técnica de datação que se baseia nos anéis de crescimento das árvores. Apoia-se no facto de que as árvores de uma determinada zona apresentam todas um padrão uniforme nos seus anéis de crescimento devido às condições climáticas locais.
A dendrocronologia é também uma boa ajuda para o estudo da climatologia dos tempos passados. A análisede alguns minerais marcadores nos diferentes anéis fornece uma boa informação sobre a contamina
ção atmosférica no passado.

 

 


 

Métodos de datação físicos e geofísicos:


ª  Radiometria:

     A datação radiométrica é o cálculo da idade absoluta de uma rocha e dos minerais que contém certos isótopos radioativos.

     Este processo baseia-se na propensão que certos átomos de elementos químicos demonstram para emitirem partículas e radiação a partir dos seus núcleos instáveis, esta emissão designa-se por radioactividade.

     Quando um núcleo radiactivo se desintegra, os produtos formados podem ser instáveis, desintegrando-se posteriormente até encontrar um equilíbrio.Ao tempo necessário para que metade dos núcleos iniciais de um determinado elemento se transformem noutros mais estáveis chama-se período de semi-transformação e representa-se por um T maiúsculo com 1/2 em índice.

 

ª  Magnetostratigrafia

     A Magnetostratigrafia faz o estudo das características magnéticas das rochas de diferentes idades (paleomagnetismo), permitindo concluir acerca da polaridade do campo magnético terrestre aquando da sua formação.

     A magnetostratigrafia tem a singularidade de ser usada como um excelente critério de correlação, reparemos que as inversões de polaridade quando sucedem, sucedem em simultâneo em toda a Terra, o que quer dizer que as rochas formadas nessa altura têm a mesma polaridade independentemente da sua distribuição geográfica ou ambiente em que se encontra que pertencem. No entanto, este método por si só não nos dá informação suficiente, geralmente a magnetostratigrafia (unidade de polaridade) é associada à biostratigrafia (biozonas) ou à litostratigrafia (unidades litostratigráficas) para assegurar intervalos concretos nas secções estratigráficas.

 

 

 

 

 

 

 

 
 

 

 

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